domingo, 29 de agosto de 2010

Poesia

Menino Moleque.

Correndo e saltando,
Pulando e cantando,
As meninices da vida.
Correndo nas calçadas,
Da Rua da Goela,
Em alarido constante,
Junto aos colegas de infância.
Ouvindo e vibrando,
Com a Sanfoninha de Ouro,
Uma festa no Céu,
Das aulas de músicas na sanfona,
De Valderez.
Amigos correndo,
Indo a calçada dos Bastos,
Luiz, Adrião,
Edílson Seixas e Alderino,
Maravilha e Luiz do Leonardo,
Wilson do Atalânio,
Às Tapas e Ponta Pés,
Com o Baldomir.
Correndo e saltando,

Na hora da chuva,
Tomando banho,
Nos jacarés da Igrejinha.
A enxurrada descendo
Inspirando canções,
Na composição SONHO.
Na cheia do Ipuçaba,
A Molecada corria
E saltava em mortal,
Na Ponte da Rodagem.
Ao regresso para o Quadro,
A pelada com respingos d’água.
Capim Orvalhado!
As tamarinas não faltavam
Para nutrir os nossos desejos.
A nossa fome,
De menino pobre,
Sempre querendo,
Matar a fome.
A tarde cai,
Um silencio!
Ao dobre do Sino da Igrejinha.
Nove badaladas – Hora do Ângelus.
A Ave Maria.
A Molecada cantando e sorrindo
Cumprira um dia de prazer.
E
DE ALTA MOLECAGEM.
Como é bom ser Moleque!!!
Correndo e saltando,
Pulando e cantando,
Parecendo,
Ser Moleque,
Outra vez.
A lua não tarda,
Os violões se afinam.
As primas e bordões,
Choram...
Já soam...
A noite começa,
É a serenata,
O canto mavioso.
Nostálgico,
Lânguido, nas ruas,
Do IPU,
Onde os moleques cantam e tocam
E fazem história.
Que bom ser um moleque,
Sempre alegre,
Altivo, catando a vida,
A FELICIDADE.

Francisco Melo (prof.)

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