segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Poesia IPU



IPU
Erguida no feraz sopé da Ibiapaba
Sob as bênçãos do sol e os ósculos da lua,
A cidade do Ipu ainda lembra e cultua
A outrora combativa e valorosa taba.

O favo do jati, o dulçor de mangaba.
Os perfumes do bosque estão-lhe em cada rua,
E como que se vê a Índia esbelta e nua
A banhar-se, sensual na BICA do Ipuçaba

Terra nobre e viril, - cuja altivez, notória,
Vem de longe passado e ferve em sangue novo,
No prestigio moral que lhe engrandece a história.

Mas seu lustre maior, a sua honra suprema
Está para o mais justo orgulho do seu povo
Na glória de ter sido o berço de Iracema.

Alberto de Moura Viana.
Ipaumirim, 1977

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