domingo, 25 de julho de 2010

IPU - Poesia.


IPU
Francisco das Chagas Soares.

Como é bonita a minha Terra!
-Jardins entre alcantis,
plantada ao pé da serra,
Longe, o anguloso e sólido rochedo
Jorra um longo fio d’água;
a Bica,-voz agreste declamando,
em tom de encanto e mágoa,
o romântico poema,
de belíssima memória
cristalizada na história
lendária e sublime de Iracema.

Recebe o meu afeto,amada Ipu!
Gentil berço de paz – flor deslumbrante,
Que,sorrindo,ao cantar meigo das aves,
Acordas na alvorada radiante,
E cismas intensamente
Quando o sol,declinando no talhado,
Ergue seu leque dourado
Os fúlgidos castelos do ocidente.

Ante os olhos etéreos da saudade,
Revejo, com emoção,
A Várzea – o capinzal, o brando rio,
O estreito pontilhão
O histórico largo secular;
- o gigantesco pé-de-tamarindo
as copadas mungubeiras,
a reverenda capela,
no oblongo pedestal,a cruz singela
erigida no extenso patamar.

Cidade bela e poética
Tranqüila moradia
De estreitas e amplas residências
Avoengos solares,ruas,praças,
Que exalam lirismo e nostalgia,
A Igreja,lá no monte,
Alcançando a torre esguia,
O “Alto dos Catorze”,
E a serra escarpada,
- balizas da minha terra amada,
que recortam os cimos do horizonte.



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