sábado, 22 de maio de 2010

Músicas do Ipu.

SONHO
Letra e música de: Eunice Martins


Hoje,
Amanheceu em mim
Saudades mil sem fim,
Daquele meu viver...
Do cenário da minha terra
Caindo as águas do alto da serra
Beleza imensa
Que agente nunca pode esquecer.

Como era doce
Andar na calçada
De pés descalços
E roupa molhada...
Correr na chuva
E olhar a enxurrada
Ao entardecer.

Hoje,
Eu sonho com a cidade
Em busca da saudade
Que tanto me faz bem
As lembranças que vão chegando
Bem de mansinho
Vão me abraçando
Momentos ternos
Que a vida nunca
Vai me devolver

Como era doce olhar a lua
Andar sonhando
Assim pela rua,
Sorver poesia e fazer poemas ao entardecer

Às Águas do Riacho Ipuçaba – “Todos Tomam”.

Para ser cantado na música da vassourinha
Letra de: Dr. Abílio Martins


Nem mais vale discutir (Bis)
Sobre as águas do riacho
Todos pegam, todos tomam (bis)
Uns em cima outros em baixo
Estribilho
Tomais, tomais, às águas pessoal.
Tapada em cima, protestai embaixo.
Eu quero ver, a briga colossal.
De todos vós senhores do riacho (bis)

No Gangão, toma o João Berto (bis).
Mais em baixo é o Marinho
Quando um abre, o outro fecha (bis).
Nem se importam com o Carrinho.

Mas Carrinho também toma (bis)
Vai tomando devagar
Mané Vitor, mais embaixo (bis).
Deu agora pra tomar.
Zé Lourenço tomou sempre (bis)
Oh! Meu Deus! Oh! Que martírio
Quando toma o Zé Lourenço (bis)
Quem se agasta é o seu Porfírio.

Seu Porfírio também toma (bis)
Como sempre aconteceu
E tapado assim não gosta (bis)
De ficar o Doroteu.

Quando a água chega lá (bis)
Doroteu toma demais
Mais em baixo, meio zangado (bis).
Fica logo seu Tomás.

Lá então e tapação (bis)
Tapação irredutível
Seu Tomás tem teoria (bis)
De elevar um tal de nível.

Mais em baixo, um pouquinho (bis).
Seu Zezim toma demais
Neste ponto ele combina (bis)
Em pensar com seu Tomás

Os Gonçalos também tomam (bis)
Tomam, tomam a granel.
É só deixar um pinguinho (bis)
Pra tomar seu Coronel.

Os de baixo lá não tomam (bis).
Gritam logo a protestar
Só eu sei, porque não tomam (bis).
Nem tem mais o que tomar.

Nem mais vale discutir (bis)
Sobre as águas do riacho
Todos pegam, todos tomam (bis).
Uns em cima, outros embaixo.

Transcrito do Arquivo de Músicas ipuenses da Professora Valdemira Coelho, Joaquim Lima/João Anastácio Martins.

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